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Que música escutas tão atentamente que
não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
...
Deixa-te estar assim,
tão alheia
que nem dás por mim.
.........
Eugénio de Andrade
1 comentários:
Que nostalgia. Regresso ao passado e encontro um sossego há muito perdido.Excelente trabalho. Excelente poema!
Jorge
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