Aves repentinas...

|
Praia da Aguda
----
Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.
.........
Era a verdade e a força do mar largo,
Cuja voz, quando se quebra, sobe,
Era o regresso sem fim e a claridade
Das praias onde a direito o vento corre.
...........
Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética ICaminho

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom!

Tintin Nacional disse...

Gostei da forma como em cada palavra contas o teu imaginário. Adorei a imagem da cama. Vista os meus blogs

desireornotdesire.blogspot.com

boinafrancesa.blogspot.com